segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Os últimos suspiros do maior templo de luxo do Brasil

  Esse era o tipo de post que eu desejaria nunca ter que comentar , a perca do maior templo de luxo do Brasil nos deixa como orfãos do espaço do pecado de desejo e consumo. Ficaremos orfãos do lugar onde a simpliscidade do luxo se fazia sentir .
 O fexamento da Villa Daslu aos poucos vai se tornando realidade, corredores sombrios dividem espaço com maniquins e tapetes enrolados como uma mobilha velha esquecida, nos remete uma sesaçao de nostalgia rever aquele espaço onde antes estavam cobertos dos mais bonitos Louboitin , Chanel e Dior
 
A Daslu começou a micar cerca de 40 dias depois da inauguração da butique, em 2005, quando Eliana recebeu uma visita surpresa da Polícia Federal - que resultou na sua prisão. Acusada de fraude em importação, formação de quadrilha e falsidade ideológica, Eliana foi condenada a 94,5 anos de prisão - a decisão cabe recurso. A dívida fiscal, que não é afetada pela recuperação, supera R$ 500 milhões.
A lástima das órfãs saudosistas é reforçada pelo aspecto fantasmagórico das salas antes ocupadas por Chanel, Dior, Prada e Salvatore Ferragamo, que estavam entre as grifes estrangeiras de luxo que o espaço abrigava na inauguração. Ali, agora, há tapetes enrolados no chão, marcas de móveis nas paredes e manequins empilhados pelos cantos. Funcionários carregam restos de armários e araras.
Desde a inauguração da Villa Daslu, em 2005, tudo o que se divulgou da megabutique tinha dimensões faraônicas. O custo do empreendimento de 20 mil metros quadrados, onde trabalhavam 700 empregados, foi estimado em R$ 100 milhões. Só de modelos de sapatos, nos primeiros tempos, havia3.500; escadas rolantes, 12.
O marketing da exclusividade foi levado às raias do absurdo. O acesso era propositalmente dificultado para evitar o ingresso de "gente de passagem", ou a pé. Apesar do número de grifes de luxo, cerca de 300 (contando as nacionais), deixava-se claro que aquilo não era um ponto de fluxo, mas de venda. "Em um lugar como a Daslu, você não mede o sucesso pelo número de pessoas que está na loja. Aliás, é até melhor não ter muita gente, porque você pode dar mais atenção à cliente que compra, fazer um vínculo com ela, fidelizá-la.
    Com a migração de dasluzetes e de marcas importadas para o Shopping Cidade Jardim, na margem oposta da Marginal Pinheiros, boa parcela das órfãs da Villa Daslu agora circula por aqueles corredores com seus sapatos Louboutins e suas bolsas Bottega Veneta. Estão ali grifes como Giorgio Armani, Carolina Herrera, Hermès, Tiffany e Chanel.
Em uma outra frente de luxo, junto com o Cidade Jardim e o Iguatemi, o aguardadíssimo Shopping JK, dos mesmos empreendedores, já briga para abiscoitar a clientela de heavy users. Com um investimento orçado em R$ 240milhões, o JK vai ficar em um terreno vizinho à Villa Daslu e tem como sócio o dono do prédio, Walter Torre, pelo que se espera que agregue uma espécie de luxo remanescente. A Villa Daslu será ocupada por escritórios. A WTorre também não descarta a alternativa de transformar o espaço em teatro, marcando, assim, o fim de um ciclo.

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